quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Gênesis 32-33


"Jacó recebe nu uma massagem com óleo-de-bebê"

Para quem não se lembra, o estelionatário do Jacó já passou a perna em seu irmão Esaú, o hirsuto, duas vezes num passado distante. Tamanha foi a rusga, que Esaú jurou nosso herói de morte. E agora que Jacozito estava voltando para sua terra natal, ele teria que encarar esse problema como um homem. Ou não.

Durante a viagem de volta, caminhando no escaldante deserto, mensageiros de Jacó vieram com as más notícias: “Fomos ter com Esaú: ele vem ao teu encontro com quatrocentos homens" (Gênesis 32:6). Quatrocentos homens. Talvez fosse uma boa hora para ter um pote de vaselina à mão. Não sei como Esaú se tornara tão poderoso e líder de um exército. Teria ele lançado uma bem sucedida linha de shampoos e condicionadores? Não importa. Jacó estava se cagando todo, suplicando ajuda para seu amiguinho Javé. “Salvai-me, eu vos peço, das mãos de meu irmão Esaú, pois temo que ele me venha atacar, sem poupar nem mãe nem filhos” (Gênesis 32:11). De forma astuta e covarde, nosso herói ficou acampado e mandou servos adiante com cabras, bodes, jumentos e iPods para presentear Esaú. “Eu o aplacarei com este presente que me precede; e depois o verei pessoalmente; talvez me fará ele bom acolhimento” (Gênesis 32:20). Ah safado!

A história tá legal, né? Pena que ela só vai continuar depois, porque agora a coisa descamba para mais uma das parábolas psico-absurdas da Bíblia. Entenda como quiser. Naquela mesma noite, Jacózito mandou suas quatro esposas e onze filhos seguirem viagem e ele ficou sozinho no acampamento. “Jacó ficou só; e alguém lutava com ele até o romper da aurora” (Gênesis 32:24). Pois é. Sem qualquer motivo aparente, alguém surgiu e saiu no mano a mano com Jacó. A capoeira durava até a madrugada quando este misterioso pit-boy usou um golpe sujo: tocou Jacó “na articulação da coxa e esta deslocou-se” (Gênesis 32:25). Aí, meu caro, foi nocaute. O misterioso homem estava dando área quando Jacó disse “Não te deixarei partir antes que me tenhas abençoado” (Gênesis 32:26). Quê? Jacó levou porrada e agora quer uma ‘bença’? "Qual é o teu nome?" perguntou o homem."Jacó." “Teu nome não será mais Jacó, tornou ele, mas Israel, porque lutaste com Deus e com os homens, e venceste” (Gênesis 32:27-28). Só pode estar de sacanagem! O misterioso arruaceiro era Javé em pessoa! E, me desculpe, “venceste” o caralho. Jacó levou um golpe ninja na articulação da coxa e agora mancava que só um jumento velho. Seja como for agora ele tinha um nome artístico: Israel. “É por isso que os israelitas, ainda hoje, não comem o nervo da articulação da coxa, porque aquele homem tinha tocado nesse nervo da articulação da coxa de Jacó” (Gênesis 32:32). Que motivo idiota, né? Há quem diga que isso foi um sonho que Jac... quero dizer, Israel teve. Pra mim foi sanduíche de presunto e maionese no deserto sem uma bolsa térmica adequada.

No dia seguinte, não tinha mais pra onde fugir. Esaú e seus 400 guerreiros se aproximavam de Jacozito/Israel que covardemente “prostrou-se até a terra sete vezes antes de se aproximar do seu irmão” (Gênesis 33:3). Agora que o cu dele tá na reta, ele respeita Esaú. “Mas Esaú correu-lhe ao encontro e beijou-o; ele atirou-se ao seu pescoço e beijou-o; e puseram-se a chorar” (Gênesis 33:4). Óóó que munhitinhu!!! Esaú deixou a rusga de lado e tascou melados beijos no irmão, e depois caíram no choro. Imagino que todos em volta, esposas, servos, soldados e camelos, se entreolharam com cara de “heim?”. Jacozito chegou são e salvo à sua terra natal, Padã-Arã e “levantou aí um altar, ao qual chamou El-Deus de Israel” (Gênesis 33:20), porque Javé gosta mesmo é de ter seu saco puxado com altares.

Eu particularmente achei um final decepcionante para o impasse entre o escrotinho do Jacó e Esaú, o bruto. Talvez seja sadismo de minha parte, mas eu queria ver o circo pegar fogo. Quem sabe em capítulos vindouros a coisa fica mais emocionante.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Temporariamente fora de serviço-tu-tu-tu-tu-tu-tu...



Irmãos! Cá estou com uma chibata de couro me auto-flagelando na costas (sem qualquer conotação sexual), pois eu pequei! Eu pequei! O blog anda abandonado e assim ficará pelas próximas duas semanas. Javé me puniu com mais trabalho do que eu posso dar conta. Por isso peço paciência e fé! Oremos!